sexta-feira, 23 de setembro de 2011

CAXIAS, Por Wybson Carvalho (poeta).

Foi na Igreja de São Benedito que, em 1858, o antístite da Igreja Maranhense, Dom Manoel Joaquim da Silveira, denominou Caxias com o título: “A Princesa do Sertão Maranhense”.


A história de Caxias começa, no século XVII, com o Movimento de Entradas e Bandeiras ao interior maranhense, para o reconhecimento e ocupação das terras às margens do Rio Itapecuru, durante a invasão francesa no Maranhão, principalmente, com o trabalho valoroso dos missionários religiosos em busca de almas para a fé cristã.
O local onde se acha situada a bela cidade de Caxias foi, primitivamente, um agregado de grandes aldeias dos índios Timbiras e Gamelas que conviviam pacificamente com os franceses. Porém, com a expulsão dos franceses do Maranhão, em 1615, os portugueses reduziram tais aldeias à condição de subjugadas e venderam suas populações, como escravos, ao povo de São Luís.
Várias denominações foram impostas ao lugar, dentre as quais: Guanaré - denominação indígena -, São José das Aldeias Altas, Freguesia das Aldeias Altas, Arraial das Aldeias Altas, Vila de Caxias e, finalmente, através da Lei Provincial, número 24, datada de 05 de julho de 1836, fora elevado à categoria de cidade com a denominação de Caxias. É bom lembrar que, ao contrário do que muita gente pensa, o nome Caxias não se atribui a Luís Alves de Lima e Silva, patrono do Exército Brasileiro. Ele, sim, recebeu o título Barão de Caxias, por ter sufocado a maior revolução social existente no Estado do Maranhão: a Balaiada. A cidade de Caxias foi palco da última batalha do movimento. Posteriormente, já em terras do Rio de Janeiro, o Barão de Caxias foi condecorado, novamente, com o título de Duque de Caxias.
Geralmente quando os portugueses criavam, num lugar, uma Vila, mudavam-lhe o nome, às vezes criando uma homônima do Reino nas Colônias. Inicialmente, a grafia “Cachias” viera de Portugal, que se refere a uma excelente Quinta Real que existia nos arredores de Lisboa perto de Oeiras (Portugal) outra bonita quinta do Márquez de Pombal, que era também residência real. Nessa área existia uma estação de caminho de ferro de Cascaes, onde cascaes é lugar que tem uma estação balneária, com água excelente e caldas térmicas muito procuradas para o tratamento de paralisias e reumatismo.
Situada na meso-região do leste maranhense e na micro-região do Itapecuru, Caxias tem uma área de 5.313.10 Km² dentre os 333.365,00 Km² do Estado e está a 365 quilômetros da capital do Maranhão, São Luis, e uma população de, aproximadamente, 156 mil habitantes. Geograficamente, em relação ao território nacional, o município de Caxias está localizado na região Nordeste do Brasil, Oeste do Norte Brasileiro e a Leste do Estado do Maranhão.
Delimitada, a atual área do município equivale somente a 45,45% da área original de 11.691 Km², antes das emancipações de Timon, Aldeias Altas, Coelho Neto, Codó, São João do Sóter. É limitada; ao norte pelos municípios de Codó, Aldeias Altas e Coelho Neto; ao sul pelos municípios de São João do Sóter, Governador Eugênio Barros, Parnarama, Matões, e Timon; ao leste pelo Estado do Piauí; a oeste pelos municípios de Buriti Bravo e Gonçalves Dias.

























Bandeira de Caxias

Símbolo Municipal, institucionalizado sob a Lei nº 79 de 25 de agosto de 1949, condensado em uma Bandeira com as seguintes características:

A Bandeira de Caxias tem formas retangulares, divididas em dois triângulos escalenos por uma faixa e ao meio da qual ficam os caracteres do povo caxiense: a) o triângulo superior é de cor azul celeste, representando o céu que paira, eternamente, sobre a terra traduzindo, assim, o fervor religioso dos caxienses pela divindade; b) o triângulo inferior é de cor verde escuro representando o sangue dos caxienses, derramado nas lutas pela Independência e no movimento da Balaiada; c) ao meio, uma faixa divisória em cor vermelha, em diagonal, e, nela, escrita a data de Adesão de Caxias à Independência do Brasil ao jugo português, 1º de Agosto de 1823, e, ainda, sobre a faixa um Livro em cor branca com caracteres em preto, representando a filosofia e a prosa de Teixeira Mendes, uma Lira dourada encimando ao Livro representando a poesia de Gonçalves Dias, Vespasiano Ramos, Veras de Holanda e Afonso Cunha, e, também, uma Espada ao pé da Lira representando o patriotismo, a coragem e a bravura de Luis Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, apaziguador da Balaiada.











Brasão de Caxias

Caxias: adesão à Independência do Brasil


A bravura do povo caxiense foi, é, e sempre será uma característica marcante nas conquistas de uma cidadania livre e soberana.
Em 1822, quando ocorreu, simbolicamente, o “Grito da Independência do Brasil”, a Vila de Caxias na Província do Maranhão, era habitada, predominantemente, por uma população lusitana. As classes hegemônicas, constituídas de portugueses, exerciam a dominação ao comércio, à igreja e à educação no lugar. E, portanto, assim, não queria contrariar os interesses da Coroa de Portugal à qual tínhamos o jugo de subordinação política e administrativa.
Mas, quase um ano depois, precisamente, em 1º de agosto de 1823, o povo caxiense livrou-se do domínio português e a aderiu à Independência do Brasil para se tornar soberano, também, à cidadania da pátria.



Hino Caxiense Letra: Teodoro Ribeiro Júnior
Música: Elpídio Pereira
Clara estrela no céu maranhense,
Lira flébil do meigo cantor,
Tua luz outra estrela não vence,
Nem a lira mais cheia de amor.
Vamos juntos no albor destes dias
Os louvores cantar de Caxias ( bis )
És a virgem toucada de rosas,
Que te miras nas águas do rio,
De onde as ninfas sutis, invejosas,
Vêm beijar-te o perfil erradio.
Vamos juntos no albor destes dias
Os louvores cantar de Caxias ( bis )
Broquelada na paz tu trabalhas,
E na paz confiada descansas,
Mas não temes o fragor de batalhas,
Quem já trouxe a vitória nas lanças.
Vamos juntos no albor destes dias
Os louvores cantar de Caxias ( bis )
Não crearam teus seios escravos,
Bentos seios do alvor da camélia,
Que nós somos unidos e bravos.
Filhos gracos da nova cornélia.
Vamos juntos no albor destes dias
Os louvores cantar de Caxias ( bis )
Glória! Glória! As façanhas proclamem,
Da princesa do adusto sertão,
Cuja fama e valor se derramam,
Pelas terras do audaz Maranhão.
Vamos juntos no albor destes dias
Os louvores cantar de Caxias ( bis )



Vocabulário do Hino Caxiense

[1] Lira – Instrumento musical de cordas
[1] Flébil – Lacrimoso, choroso, lastimoso
[1] Meigo – Amável, afável, bondoso
[1] Albor – A primeira luz da manhã
[1] Louvores – Elogio, gabo, glorificação, exaltação
[1] Toucada – Ornada de touca, coroada.
[1] Mirar – Cravar a vista em; fitar os olhos em; fitar; encarar
[1] Ninfas – Divindade fabulosa dos rios, dos bosques e dos montes.
[1] Sutis – fino, delgado, grácil; feito com delideza
[1] Invejosas – Que tem inveja; olhar invejosamente
[1] Perfil – Contorno do rosto de uma pessoa ou de um objeto visto só de um lado
[1] Erradio – Errante, perdido no caminho; desnorteado, transviado
[1] Broquelada – que tem forma de um broquel; aquele que se armava de broquel
[1] Fragor – Ruído muito forte, estrondo
[1] Batalhas – Ato essencial da guerra
[1] Vitória – Ato ou efeito de vencer o inimigo
[1] Lanças – Arma ofensiva ou de arremesso
[1] Seios – Enxada, golfo, pequeno porto ou baia
[1] Bentos – Profundidade, profundos
[1] Bravos – Indica aplauso, admiração
[1] Gracos – Filhos de família Romana
[1] Camélia – Arbusto ornamental da família das teáceas (Camélia japonira), originário da Ásia, de folhas verdes-escuras, pequenas, grossas e serreadas, belas flores grandes, alvas ou rosadas, com muitas pétalas e sem perfume
[1] Gloriar – cobrir-se de gloria
[1] Façanhas – Ato Histórico; coisa admirável, notável ou difícil de executar
[1] Adusto – Queimado, abrasado, ressequido
[1] Sertão – Região agreste, distante das povoações ou das terras cultivadas; terreno coberto de mato, longe do litoral
Audaz – que tem audácia, ousado, corajoso, temerário





























Gonçalves Dias Teixeira Mendes




Para o orgulho de todos nós, a cidade de Caxias está presente em dois dos principais símbolos nacionais: o Hino Nacional Brasileiro e a Bandeira do Brasil, eternizada em ambos pelos ilustres caxienses Gonçalves Dias e Teixeira Mendes, respectivamente.

No Hino Nacional Brasileiro, há em uma das suas estrofes dois versos do ilustre Gonçalves Dias:

Do que a terra mais garrida
Teus risonhos lindos campos têm mais flores;
“Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida em teu seio mais amores.”

Na Bandeira do Brasil, há a insígnia no centro extraída do Lema do Positivismo escrito pelo ilustre caxiense Teixeira Mendes:
O povo brasileiro assim como a maioria dos povos ocidentais acha-se urgentemente solicitado por duas necessidades, ambas imperiosas e que se resumem em duas palavras:
“ORDEM E PROGRESSO”.
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“Devemos, pois, pugnar por essas características, e, sobretudo, pelo cunho cívico de amor a nossa terra.”
A Balaiada
A Balaiada foi um conflito, que ocorreu no Estado do Maranhão, no período de 1838 a 1841, provocado pela instabilidade político-social e problemas sócio-econômicos que atingiam a população.
O conflito foi iniciado com um incidente sintomático: a invasão de uma cadeia, no lugarejo denominado Vila da Manga do Iguará, pelo vaqueiro Raimundo Gomes e mais nove companheiros que tinham a intenção de libertar outros que, ali, foram presos.
Os partidos políticos Cabanos e Bem-te-vis, aproveitando-se da rebelião em prol dos seus interesses, passaram a promover uma violenta campanha jornalística em torno do movimento. A rebelião reuniu vários integrantes, em sua maioria oriunda de massas populares de negros, mestiços, escravos e pequenos agricultores, com sucessivos e ininterruptos levantes que se estenderam pelos vales do Itapecuru e Parnaíba.

A Balaiada em Caxias

A ocupação da cidade de Caxias, em 1º de Julho de 1839, foi o ponto mais significativo da rebelião. A cidade de Caxias era considerada o maior centro econômico da Província do Maranhão, possuindo uma excelente posição geográfica, além de riquezas e munições. A tomada da cidade permitiu ao movimento adquirir outra fisionomia, pois os chefes rebeldes se organizaram num Conselho Militar, estabelecendo Junta Provisória, composta por figuras importantes de Caxias que começaram a fazer exigências e negociar com a maior profundidade, enviando suas reivindicações às autoridades da Província.
Caxias se torna o ponto das batalhas entre balaios e a Divisão Legalista do Norte, sob o comando de Luis Alves de Lima e Silva, enviado pelo governo central para governar a Província do Maranhão e comandar o exército para sufocar a rebelião. Depois de diversas e sangrentas batalhas, os balaios foram vencidos e terminando, assim, a rebelião considerada a maior revolta social já existente em terras maranhenses. Os principais personagens da Balaiada foram: Manoel Francisco dos Anjos Ferreira, o Balaio; Raimundo Gomes Vieira, o Cara Preta; Cosme Bento das Chagas, o Líder Negro; e Lívio Lopes Castelo Branco e Silva, o Jornalista.


CENTRO DE CULTURA, UM BEM SECULAR CAXIENSE.


No passado, a antiga Companhia da União Têxtil Caxiense e, no presente, o Centro de Cultura Acadêmico José Sarney. São estas as fases cronológicas de um prédio localizado à aresta direita da Praça Dias Carneiro - Panteon Caxiense -. Na realidade, uma construção fabril de origem inglesa com fachada em estilo neoclássico, planta quadrangular, cobertura em estrutura metálica e estreita área livre, onde se localiza uma imponente chaminé.

Histórico:

A Companhia da União Têxtil Caxiense, foi fundada em 1889 pelos sócios Antônio Joaquim Ferreira Guimarães, Dr. Francisco Dias Carneiro e Manoel Correia Baima de Lago, sob a denominação de "Companhia Manufatora Gonçalves Dias S. A." Com um capital inicial de 850 contos, esta empresa foi uma potência no gênero da produção de tecidos, em sua época. Seu motor de 400 cavalos movimentava 220 teares, pondo 350 pessoas em atividade. Sua produção anual era de um milhão de metros de tecidos crus, em grade parte exportada para os países europeus. Falar desta extinta Companhia, que fora assentada numa região na qual a cultura algodoeira era abundante, é voltar ao período áureo de desenvolvimento da indústria têxtil no Maranhão, cujo parque fabril compunha-se de 17 empresas, contando com 2.336 teares, 71.608 fusos, e que atingia uma produção anual de 13.974.411 metros de tecidos crus e uma capacidade de empregar 3.557 operários.













A atividade têxtil teve seu apogeu na época da II Guerra Mundial, quando os Estados Unidos, também, passaram a importar produtos brasileiros. Com o fim da guerra, muitas empresas entraram em decadência motivada pela volta do livre comércio e, sobretudo, pelo rápido desenvolvimento industrial que os empresários maranhenses do gênero não conseguiram acompanhar.

Assim, das 17 empresas, que integravam o parque fabril maranhense, apenas 8 conseguiram resistir até a década de 60. A Companhia da União Têxtil Caxiense, foi extinta em 1954 e, ao longo de um tempo, precisamente, até 1985, o prédio sofreu um forte processo de abandono. Porém, em 1986, com uma ajuda substancial, através de verba federal, o Governo Municipal, naquela época, restaurou o velho prédio alvirrubro e transformou-o em um Centro Cultural com denominação de Centro de Cultura. Atualmente, o prédio abriga inúmeros secretarias e órgãos da administração pública municipal, dentre os quais: as secretarias municipais de Educação, Cultura e Turismo.

segunda-feira, 21 de março de 2011

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Objetivos:
1-Arrastar as cinzas do Carnaval
2- Oportunizar os Caxienses que trabalham no período carnavalesco,entertenimento, diversão e lazer;
3- Distribuição de caldo de mocotó e bebidas aos participantes
Justificativa
A banda do Mocotó no ano de 1992, por um caxiense que amava com muita intensidade seu torrão natal e sua cultura: INDIANO LEBRE.
Com a intenção de proporcionar aos trabalhadores informais a oportunidade de se divertirem, cem como fazer com que os foliões recarregassem suas energias e conseguissem manter-se de pé, fazendo-os renascer das cinzas como uma fênix, regado com muito entretenimento, caldo de mocotó, lazer saudável com Paz e Amor.
Seu idealizador preoucupado em manter a tradição cultural configurada na mais bela e contagiante dança regional: O Bumba-meu-Boi adotara como mascote da brincadeira um boi.
Todos os anos destacaram algum fato marcante ou uma personalidade caxiense que tenha relevantes serviços ao desenvolvimento da cidade.
Com o prematuro falecimento de seu idealizador, banda ficara dois anos consecutivos sem se apresentar, mas como já se tornara uma tradição no encerramento do carnaval da cidade de Caxias, a população fez um gesto de protesto para sua família e então resolvemos continuar, sem nenhuma ajuda financeiraa, porém com muita determinação e força de vontade que nos fizeram driblar todos os percalços e manter a banda e sua tradição viva.

Viemos por meio dessa justificativa, aproveitar a oportunidade e deixar em aberto à parcerias.
Administrador : Fabio Helal

Em 1994- A homenagem foi ao mascote da banda (Boi espalha Merda)
1995- Foi homenagem ao fundador
1996- Os homenageados foram os garçons
1997- Foi novamente a homenagem ao fundador (Indiano Lebre)
1998- A homenagem foi ao teatro
1999- Os homenageados foram os Boemios
2000- Os foleões
2001- A musa da banda (Onaide Kalled)
2002- A homenagem foi aos 10 anos da banda
2003- Os barraqueiros
2004- A paz
2005- A imprensa em geral
2006- A homenagem foi a Polícia Militar
2007- Os mototaxistas
2008- Os idosos
2009- A figura ilustre de Fause Elof Simão
2010- Os professores
E em 2011 iremos homenagear o Corpo de Bombeiros

quinta-feira, 19 de março de 2009

Um pequeno resumo da primeira parte da historia da Banda do Mocotó